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Reflexões para um mundo pós-pandemia: o que podemos fazer como educadores?

A Fundação Santillana promoveu uma conversa online com seus dois diretores no Brasil para refletir sobre o papel da educação em meio à pandemia do coronavírus. Com escolas fechadas sem data para abrir, e a interrupção de parte dos serviços, novas questões surgem no cenário educacional, e promovem questionamentos sobre o papel da escola e dos professores.

Ainda que a situação seja inédita, as transformações pelas quais a sociedade passa neste momento não começaram com esta crise, defendem André Lázaro, Diretor de Políticas Públicas da Fundação, e Miguel Thompson, Diretor Acadêmico. A pandemia escancara desafios latentes, e o isolamento social propicia debates sobre saídas fraternas para uma situação sem precedentes.

O debate foi apoiado nos argumentos do livro “O que é preciso aprender hoje? Da escola das respostas à escola das perguntas”, escrito pelo pesquisador Axel Rivas e publicado pela Fundação Santillana em 2019. Na obra, autor propõe questões-chave para repensar um modelo de escola “sem esquecer o que há de bom na base que vem do passado, […] descobrir como preparar os estudantes para que consigam fazer boas perguntas e tenham coragem de buscar as respostas. Isso envolve a decisão sobre o que é preciso ensinar e aprender, o que, por sua vez, exige muito diálogo entre professores, especialistas em Educação, políticos e os próprios alunos”. O livro está disponível para download gratuito.

Para Thompson, a escola “já estava se revendo, e o corona traz um conflito sistêmico, porque não é só a economia, tem a questão sanitária, e mais outras. E como se fosse um filme de suspense, a gente tem uma virada sensacional. Tudo aquilo que estava sendo condenado – O SUS, os professores, a Universidade, a ciência, a globalização -, é o que sustenta o atravessamento da crise”, afirma.

Diante deste cenário, Lázaro compartilha das dúvidas dos professores: “O que podemos fazer como educadores? Esta pergunta tem nos acompanhado com certo grau de angústia, mas certamente ninguém tem uma resposta serena para nos dizer”. O caminho apontado por Lázaro retoma as ideias de Rivas. Segundo eles, há duas questões fundamentais para se pensar a escola: a cultura científica e a cultura humanística. A cultura científica, que é a cultura da pesquisa, da busca, de verdades provisórias apoiadas em argumentos. E o lugar da socialização, para que a escola se firme como o espaço onde se aprende a resolver conflitos na base do diálogo, onde se aprende a conviver com as diferenças.

Confira a gravação completa do Webinar no vídeo:



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